outubro 22, 2011

Ducati Multistrada 1200


Sempre quis andar numa Multistrada, o Hans (cônsul da Suiça no Brasil) disse-me que havia feito uns “pass”com um amigo dele e estava com essa Ducati.
Segundo o Hans, ficou muito contente com a motocicleta.
Conhecendo alguns “pass” suíços como conheço(12),  fazer com essa motocicleta, com certeza deve ter sido uma delícia, mas sem garupa, pois ela é agil, leve e com muita potência e claro, bem equilibrada.
Resolvi fazer um test drive com uma, marquei com o representante dela aqui em São Paulo e lá fomos nós. Mas antes passei em casa para mostrar a Ducati Multistrada 1200 para a Cecília, sei que a Ducati exerce um certo fascínio para ela. Quem não sente?
Ela ( a motocicleta) é apresentada com um u.s.p. no marketing como: "quatro motos em uma", por conta da regulagem eletrônicas de suspensão e motor.

A Multistrada- MTS1200 é produzida desde 2003 porem  agora com uma capacidade volumétrica maior, é uma motocicleta orientada para  esporte touring mas fortemente para o asfalto
Motor de 1.198 cc 4 válvulas, bicilindrica em V com 150HP,desmodrômico  refrigerado a água com taxa de compressão de 11.5:1 Velocidade máxima 145 mph (233 km / h) com 9.250 rpm e torque de 12,1 kgfm a 7.500 rpm.
Ignição Eletrônica, acelerador by –Wire, 6-velocidades   com a engrenagem de overdrive  na sexta, e uma embreagem "deslizante". 

Quadro em treliça em tubos de aço, usando ligas de metais leves e, na balança traseira, optaram por um monobraço em alumínio.
Suspensão: 
Frente - 
Modelo Standard - Marzocchi 50 milímetros  ajustável garfo upside-down. 
Modelo S a que eu fiz o teste - 48 milímetros Öhlins garfo upside-down com compressão ajustável  e amortecimento e pré-carga ajustável tudo eletronicamente, 170 milímetros  curso da roda.
Traseira:

Modelo Standard - também ajustável, monoshock Sachs. 
Modelo S - Öhlins TTX choque tubo duplo com compressão ajustável eletronicamente e amortecimento e pré-carga. 170 milímetros curso da roda. Segundo o importador há 250 combinações entre ajustes de suspensão/motor/freio e sei lá mais o que, é muita combinação.
Tem um hadling muito bom, a capacidade dela fazer curvas é uma das boas característica, bem, é uma Ducati e o banco é bem hergonômico, para a garupa não sei.
Fazendo uma curva com um raio 100 metros ( não é uma curva fechada mas também não é uma curva muito aberta) a 110 km pude ver sua excelente estabilidade, e o controle de tração, saindo da tangente acelerei "tudo", nada de perda de tração, usei os ensinamentos do meu amigo Keith Code nos teste - lembrei-me dele pois suas descobertas foram sobre uma Ducati, aliás um dia faremos uma postagem sobre o Keith e sua escola e seus livros os quais tenho o direito sobre a versão em língua portuguesa. Mas falemos isso em outra oportunidade.
Freios:
Frente: 2 × 320 mm semi-flutuante discos, montado radialmente 4 pistões, 2-pad pinças Brembo, cilindro mestre radial
Traseira: 245 milímetros disco, 2 pistões Bosch-Brembo ABS no modelos S, opcional no modelo standard.

Gostei da capacidade do freio, apesar das mergulhadas, como sempre estou com minha garupa, minha mulher, isso vai gerar um desconforto para ela e claro “praieu tomém”. 
Moto para nós o conforto é item fundamental, mas claro queremos tecnologias, boas, eficientes, e que trazem segurança.
A Multiestrada não é desconfortável para uma pessoa só, pelo contrário é muito agradável  mas a suspensão estava ajustada para o modo "Touring"  não sei o quão mudaria com o modo "Sport"  mas  penso que para a garupa vai ficar muito desconfortável Há esses 4 modos de ajuste de suspensão: Enduro, Urban, Touring e Sport,nos ajustes a potência descarregada também varia. O painel é bem visível as informações e poderia ser mais completo, não me lembro de ter visto um relógio de horas. Esses paines eletronicos quando tem muitas informações temos que ficar "suçando" todos os comandos para utilizar dessas informações, não dá para nem teste ver todas. Não vi um lugar para fixar um GPS, instrumento fundamental para uma motocicleta que queira ser uma touring

Pneus:
Frente: 120/70ZR17 Pirelli Scorpion Trail composto duplo montado em 3,50 x 17 10 raios da roda de liga leve
Traseira: Pneu 190/55ZR17 Pirelli Scorpion Trail composto duplo, montado em 6,00 x 17 10 raios da roda de liga leve  de 109 mm . Aqui é onde vi que não é para meu uso.
Apesar da Ducati dizer ser uma multi estrada, não há pneus of-road com essas medidas, com fazer?
Apesar da tecnologia de controle de tração sem pneus com os “biscoitos” com atravessar um deserto, um lamaçal e coisinhas que aparecem  numa viagem será difícil.
Ela é uma multiestrada para asfalto apesar de vermos filmes dela sendo usada em terra.

Distância entre eixos: 1.530 milímetros 
Dimensões: 2200 milímetros  de comprimento, 945 milímetros  de largura com os bags 985 milímetros; 

A  altura da “bolha “ no regime baixo é 1.045 milímetros , levantada 1.465 milímetros  isso é uma coisa boa, a regulagem da inclinação da “bolha”.
A altura do assento com 850 mm,  para mim foi confortável na minha altura de 1,79 m. Com um peso 189 kg seco, achei bem leve para os 150 hp.
Capacidade  do tanque de combustível  de 20 litros, é pequeno para um conforto maior em viagens longas. 
Raio de curva 2.535 milímetros . Há coisas bacanas, gostei da chave de presença, não há necessidade de estar enfiando a chave e girando e depois apertar o “starter”. Com a chave no bolso da jaqueta é chegar e  apertar o botãozinho e vruuuuuum. Vrummm. 

O som bonito sem ser alto com um grave suave.
O escapamento tem um desenho moderno, mas é baixo  atravessando rios sua altura é desfavorável.
É uma motocicleta para asfalto, não consigo ve-la em outras estradas.
Fico pensando, a Ducati fez uma associação com a AMG para o lançamento da Diavel, acredito que a Mercedes-Benz viu uma oportunidade de entrar no mercado de motocicletas via Ducati, acredito mesmo, que em breve teremos uma big-trail de  verdade Ducati. Afinal a BMW está reinando nesse segmento a quanto tempo, apesar da nova Ténéré 1200 da Yamaha. 

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